A volatilidade, na área financeira, é uma medida de risco. Quanto mais o preço de uma ação movimenta-se em um tempo relativamente curto, maior o espaço para lucrarmos ou termos prejuízos ao negociarmos determinado ativo.
Portanto ficar de olho na volatilidade dos ativos é fundamental. São nas oscilações de preços morro a cima ou morro abaixo que ficamos atentos às oportunidades de lucros.
O que nem sempre percebemos é que ás vezes estamos mais voláteis do que os ativos.
As oscilações mais bruscas podem ocorrer tanto no nosso humor que pode mudar mais rápido que um day trade, assim como na maneira como executamos nossas ordens internas através das nossas atitudes.
Uma hora a operação é de curto prazo mas no meio do caminho vira uma operação de longo prazo. Outra hora os lucros seriam acumulados mas podem no meio do caminho ser utilizados à mercê dos nossos impulsos. Ás vezes, a compra de certos ativos seria para gerar dividendos, mas no meio do caminho virou um trade. Em outras a gente quer se dar bem, mas tem dias que a gente flerta com o abismo.
E a gente, sem se dar conta, ás vezes vai pulando de galho em galho sem ter a paciência de ver nosso aprendizado render bons frutos. Nem sempre é a estratégia que está errada, e sim nossa pressa em ver os resultados que atropela aquilo que precisa de tempo para acontecer. O problema não é mudar, se nossas mudanças fazem sentido e tem norte.
A mudança, e as oscilações que são bem vindas, são aquelas que nascem do fato de estarmos centrados no que estamos fazendo. Respeitando e estudando os riscos envolvidos. A disciplina que tanto buscamos, ganha força quando não somos um risco para nós mesmos.
Assim como a volatilidade dos ativos, a nossa própria volatilidade não é boa nem ruim. É o que fazemos com ela que a torna boa ou não. Por isso o autoconhecimento é tão importante.
Conhecer os movimentos dos preços funciona trazendo oportunidades se conhecermos os nossos movimentos internos. Quer seja diante do dinheiro, das oportunidades ou da vida.
Saber que, mesmo com o mercado volátil, devemos estar centrados.
Assim, para que através das oscilações, possamos lucrar, porque estamos sintonizados com bons resultados e operando com estratégia. Lúcidos para onde queremos ir de verdade.
O mercado oferece que possamos lidar com os riscos das operações, e essas são esperadas. O que quebra o trader é não conhecer de perto sua própria volatilidade e deixar-se influenciar negativamente por ela. Ficando assim à mercê de uma volatilidade escura que desnorteia da boa saída e continuidade de bons lucros.
Neste caso o mercado apenas vai reproduzir aquilo que está na nossa alma.
Estar centrado apesar das crises, dos prejuízos, dos obstáculos, das oscilações e das frustrações é um grande desafio e um dos ensinamentos para quem opera o mercado. Compreender que operamos o mercado, mas não somos o mercado. Ter lucidez e bom senso para não nos desviar dos nossos sonhos e objetivos. Oscilar sim, mas sempre respeitando a tendência interna em um canal que suporte nossos movimentos dentro de uma boa essência.
Que a gente possa sentir os nossos desejos e as nossas emoções implorando por ação. Mas que a gente deixe que a lealdade aos nossos objetivos mais saudáveis digam se é hora de agir ou não.
Abraço fraterno