Skip to content
Menu
Vínculos e Valores – Por Fernanda Nunes Gonçalves
  • Contato
Vínculos e Valores – Por Fernanda Nunes Gonçalves

O adeus da despedida

Posted on Julho 27, 2022
Dar tchau é diferente de despedir-se. Dizer adeus também. Sair de casa ou romper relações, idem.
A verdadeira despedida começa por dentro. No coração. E só quando acontece no coração podemos dizer que algo realmente terminou. Esgotou-se. Rompeu-se. Desmanchou-se.
A razão, aqui, perde força.
Precisar romper, se distanciar de alguém, separar-se fisicamente representam um distanciamento, mas não uma despedida. Orgulho ferido não evolui para boas despedidas. Leva, sim à um distanciamento, mas aquele que nos feriu continua vivo em nós, mesmo através da raiva. Aliás, a raiva, o desejo de vingança são ótimas colas capazes de manter grudados os mais assumidos inimigos.
Também há quem fique junto corpo-a-corpo mas no coração já despediu-se faz tempo.
Dentro de si o outro não mora mais.
Desconfio que, quem já esteja flertando com a partida mas ainda permanece junto é porque ainda há afeto, ou dor ou uma pendência. Um dos dois ainda está esperando por algo para permitir-se ir embora.
Por vezes o coração está fechado, mas a situação está em aberto.
Ou ao contrário.
Tem vezes que o ponto final de uma situação é uma provocação aos nossos opostos. Partimos querendo ficar e ficamos querendo ir. Mandamos embora no fundo desejando que o outro não vá. Deixamos que fique quando gostaríamos de oferecer a porta de saída. Desejamos boa viagem quando gostaríamos que a pessoa não fosse.
Até que algo se movimenta em nós.
E podemos enfim aceitar os finais como eles se apresentam: necessários e, alguns, inevitáveis. Trazendo a dor e, ou a gratidão embutida.
Para isso algo precisa de aceitação da mudança que está acontecendo agora. E é nesta vírgula que ás vezes nos engasgamos. Na aceitação da mudança que está acontecendo com ou sem a nossa permissão ou aceitação. Ao que nem sempre é justo ou nem sempre estamos prontos. E é aqui que ficamos presos, na ilusão que se não quisermos o que temos, podemos manipular o destino. Amarga ilusão.
Talvez, perto de finais que se apresentam para nós comecemos a enxergar que queríamos ter vivido mais, conversado mais, desfrutado da vida mais um pouco com aquele alguém ou naquela situação.
Depois de ter tantas despedidas na minha vida, decidi me despedir destas. Com muita gratidão pelo que foi vivido e por aprender a levantar inúmeras vezes, apesar do cansaço.
E estou investindo amorosamente em meus recomeços.
Abraço fraterno
Fernanda Nunes Gonçalves
Share Button

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Pesquisa

Categorias

  • Consciência
  • Sementes
  • Uncategorized
  • Valores
  • Vínculos

Sobre mim

Psicóloga Humanista, Escritora e Trader

Subscreva-se no Blog

Loading

Artigos recentes

  • O adeus da despedida
  • Equilíbrios possíveis
  • “O ano em que disse Sim”
  • As correções no preço das ações e na vida
  • A volatilidade dentro e fora do gráfico

Arquivo

  • Julho 2022
  • Novembro 2021
  • Outubro 2021
  • Setembro 2021
  • Junho 2021
  • Setembro 2020
  • Julho 2020
  • Fevereiro 2017
  • Novembro 2016
  • Junho 2016
  • Dezembro 2013
  • Setembro 2013
  • Agosto 2013
  • Julho 2013
  • Junho 2013
  • Maio 2013
  • Abril 2013
  • Fevereiro 2013
©2025 Vínculos e Valores – Por Fernanda Nunes Gonçalves | Powered by SuperbThemes & WordPress