O carro pode estar cheio. Todos podem dar seus palpites sobre endereços, velocidades e afins. Ou não ter ninguém. Apenas o motorista e um GPS para chamar de seu.
Porém, nas mãos do motorista está a direção em que ele vai levar a si mesmo e aos possíveis caroneiros. É o motorista que define o trajeto, a velocidade, e que põe em prática ( ou não ) a responsabilidade de guiar.
Ele ouve. Observa. Decide. Age.
E?
Bem….
E quando o barulho que vem de fora diminuir, e restar apenas a voz dos pensamentos, por vezes tão barulhentos quanto, e eles fizerem você pensar sobre o equilíbrio desafiador entre ego e essência… talvez estas palavras sejam úteis.
Os barulhos podem ser ensurdecedores. O ego pode estar com nível máximo de sedução. Mas, lembre-se, existe apenas UM motorista neste veículo chamado vida.
Apenas um motorista: ou o ego ou a essência. Os dois podem viajar juntos dentro do seu peito. Não é preciso excluir nenhum. Apenas defina qual deles será o responsável pelo seu trajeto e pela qualidade da sua chegada. Pode-se ouvir o que os caroneiros têm a dizer, e levá-los em consideração. Até mesmo decidir por segui-los. Porém, sem entregar o volante. O papel do caroneiro é diferente do papel do condutor. Suas importâncias definem chegadas e interrupções. Há quem comande e quem acompanhe.
É preciso definir com consciência, amor e coragem quem permitimos que comande nossos movimentos.
Todos contribuem.
Mas há apenas UM no comando.
Fernanda Nunes Gonçalves